quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Cuidar ou ser cuidado?

Hoje sinto-me perfeitamente em baixo.
O esforço para estar em pé, falar e sorrir é... gostava de poder chegar a casa e simplesmente deitar-me na minha cama, no escuro do meu quarto e esperar que o sono e o silêncio me curem. Mas ser mãe é colocar para último lugar as nossas necessidades. E há alturas que essa condição não custa, nem se sente mas, noutras...
Recordo-me de ir visitar a minha mãe, há uns anos, ao Hospital. Esta senhora, mãe de 5 filhos, só frequentou este local 6 vezes. Cinco para para dar à luz e uma após ter sofrido um enfarte. Esperava encontrá-la triste, abatida, desadaptada de um lugar que não era o seu. E enganei-me redondamente. E como hoje a percebo. Lembro-me de me ter dito que, há anos que não se sentia tão bem!
Estava deitada, davam-lhe banho e havia a garantia que a roupa estava sempre lavada. Podia escolher as suas refeições que lhe eram entregues sem ela ter o mínimo envolvimento na sua execução.
A minha mãe sorria e eu não entendia.

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