segunda-feira, 12 de março de 2012

Estejas onde estiveres, Iban...

Pois que já passa da uma da manhã e eu tive que saltar da cama sob pena de criar um remoinho de lençóis. Voltas e mais voltas e nada. Pés para fora, braços para dentro e nada. De olhos abertos inicei todo um divertimento que consiste em arrancar penas da almofada. Sim, procurando como se não houvesse amanhã aqueles piquinhos que nos cravam as bochechas mas... que se conseguirmos agarrar um milimetro que seja, conseguimos ver praticamente um pato em pleno voo.  Uma satisfação do mais idiota que podem supor. Bom, das penas passei para os pensamentos. O que vou fazer, o que não vou fazer, o que vestir, o que cozinhar, o que dizer e por aí adiante. E porque a minha mente é do mais tortuoso que eu já conheci, da mistura de pensamentos que assaltavam este cerebro desperto, lembrei-me que esta seria a semana que iria à neve... caso a maldita da troika não existesse. Sim, essa dita que nos faz sentir mal se gastamos mais de dez euros num bem não essencial. Retomando... esta seria a semana que, juntamente com amigos, repetiriamos a viagem do ano passado. Viagem que se vai realizar à mesma, com a diferença de que a menina e seu marido, não vão! Pequeno pormenor. Da viagem que não vamos usufruir passei para o instrutor... calma... sei que é tarde e tal mas, enganam-se se pensam que me assolam pensamentos menos castos. Não, não. Ivan de seu nome, apenas fez as delícias da nossa viagem. Basicamente o moço que era suposto ensinar três pessoas e concentrou-se aqui na menina. E o motivo prende-se simplesmente com a minha nabice para os desportos de inverno. Na verdade, o profissional da coisa passou 3 dias de mãos dadas comigo falando num dialecto que eu simplesmente ignorei à medida que diversas lágrimas me caiam pela cara. Não era medo, não era tristeza, nem sequer era do vento gelado. Eram sim fruto do esforço que fazia para não rir o que, devo confessar, nem sempre consegui evitar. Rapidamente de Ivan passou a Iban e, bastou este pequeno pormenor para toda aquela viagem atingir contornos de pura idiotice. Certo é que, no final daquele período, consegui perceber que os urros que ele dava eram de contentamento e não de frustação e, aí sim, todo o meu empenho ganhou contornos de confiança. Era ver-me descer aquelas pistas (já sem as mãozinhas do Iban) em alta velocidade, travando e acelerando, com uma destreza espectacular. Maridinho sempre na retaguarda aguardando uma desgraça (eu sei!) mas, contra todas as possibilidades, acabei por me sair muito bem. Por isso, e só por isso, a frase daquela viagem passou a ser "Iban, I Lobe You".
Mas se acham que foi uma experiência com um impacto positivo só para mim, enganam-se. É ver amiguinhos que vão esta semana na dita viagem, a procurar a cara do menino na internet para reservar mais umas aulinhas. Agora, eu até admito que vocês vão sem nós. Acho que falham grandemente em toda a questão da amizade... mas foi uma decisão vossa. Não sei, sequer, se vos falarei quando voltarem mas, se julgam que Iban vos vai dar as mãozinhas como deu aqui à menina... dream on!

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