quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Sei o que fizeste o Verão passado...

Quando as ideias mais esquisitas passam pela minha cabeça, percebo que, felizmente, existem pessoas mais macabras que eu.
Para que percebam do que falo, partilho convosco o que me aconteceu ontem. Estava eu na paz do meu lar, sentada ao lado de senhor meu marido, quando de repente toca o seu telemóvel. E quem era?- perguntam vocês. Nada mais, nada menos, do que eu própria. Mas não era eu- versão telemóvel! E muito menos eu- versão telefone de casa! Era eu, sim, em modo- telefone do trabalho, instrumento esse que está onde? Muito espertos! No trabalho, pois claro! Já vos disse que eu estava sentada ao lado dele? E que eram nove da noite? Muito bem. Tocou, tocou, tocou e desligaram. Seriam ratos, seriam gatos, seriam senhoras da limpeza? Pois não sei. Mente tortuosa que tenho, equacionei logo um (a) colega (a) maquiavélico (a) a querer falar com o senhor meu marido. Contar-lhe coisas escabrosas sobre o modo como agarro a caneta, as vezes que ponho a música mais alta do que é suposto, as conversas idiotas que promovo, enfim... Certo é que fiquei a pensar na coisa. Julgo mesmo que sonhei que quando chegasse ao trabalho, teria em cima da minha secretária um pequeno post it com a seguinte mensagem Sei o que fizeste o Verão passado... Assim, quando cheguei ao meu petit T0, a primeira coisa que fiz foi verificar as chamadas efetuadas. E lá estava ela! O senhor meu marido foi efectivamente contactado a horas nocturnas, do meu gabinete.
A questão é que, apesar das minhas reacções cerebrais serem nos primeiros 10 segundos, destituídas de efectiva racionalidade, depois a coisa compõe-se. Com toda a certeza, a senhora da limpeza, ao eliminar o pó do telefone, tocou na tecla Remarcar. Óbvio!
Contudo, quando a minha querida Dolce Far Niente contou o sucedido ao mais que tudo, a sua reacção foi... como dizer... sintomática da necessidade de tratamento médico. Diz ele, de forma séria, do outro lado do telefone: alguém anda atrás da Pedagogia. Qualquer dia, aparece morta, cortada às postas, dentro de uma arca frigorífica.
Obrigada, R.. Estás cá dentro!
 

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