quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Olha, se somos assim...

Ó, papá! Eu sei que irias preferir um textinho lamechas sobre a tua pessoa para enviares por email para os teus amigos, o número de vezes necessário, até eles concordarem (de forma não espontânea) com a tua maravilhosa e irreal opinião sobre mim. Mas tu sabes como eu sou! E o que eu quero mesmo, mesmo, mesmo dizer-te é que depois deste mês e destes dias terríveis para ti e para nós... apesar desta dor inigualável, os teus filhos ainda se riram largamente nestas últimas horas. Espero, sinceramente, que o céu exista, que tu estejas lá e que tenhas presenciado tudo. Nem sei por onde começar. Em primeiro lugar, deixa-me explicar-te que o Rui, o Tiago e a Irina obrigaram-me a escrever este post, mesmo eu acreditando que, a partir deste momento, serei banida da blogosfera. Bom, mas eu sei que tu gostarias... assim, nem sei bem por onde começar. Talvez comece pelo Dr. Pedro. Papá, o Dr. Pedro! A Irina só me disse "conheceste o Dr. Pedro?" E eu conheci papá! E , apesar das terríveis noticias que me deu... fez-me bem!... Bom, que o João C. comeu parte dos teus jantares hospitalares tu também assististe. Que o Pedro montou extensões e triplas por todo o hospital também julgo que te apercebeste. Graças a Deus que não te queixaste muito do calor pois eu tive sérios receios que ele mandasse instalar um ar condicionado lá no sítio (em cima da tua almofada...). Sim, eu e o João C.- obssessivos compulsivos- arrumámos, cinquenta vezes por dia, as tuas coisas e tínhamos procedido a uma extreme makeover se a direção hospitalar nos permitisse. É verdade... Desculpa pelo que te fiz ao teu cabelo. Eu sei que só viste o que te mostrei com o telemóvel mas a parte de trás estava tenebrosa... E quando o Rui foi chamar a mulher do teu amigo à sala de espera e- sem a conhecer- abordou uma outra com cerca de 90 anos? E os olhares das enfermeiras perante a mulher que era a ex-mulher mas que era A mulher? A propósito- quase me mataste quando me pediste para a sondar a propósito de uma reconciliação... sabes o que é hiperventilar? E a quantidade de filhos que não paravam de aparecer? E que nunca desapareceriam? Que nunca respeitaram horários de visitas, número de pessoas permitidas e muito menos as identificações ao peito exigidas... Bom, mas agora começa aquilo que não sabes... apercebeste-te que o Pedro mediu a sua própria tensão arterial vezes sem conta? Tirou-te o aparelho do braço... E que o teu amigo Orlando esteve a um passo de aumentar o oxigénio que te era dado? Sabes que a namorada do Filipe nos foi apresentada quando todos chorávamos na sala de espera? Coitada da moça que teve um primeiro contacto de colocar à prova o mais duro dos fuzileiros. 
Olha, já no velório e quando só estávamos nós e tu, falava-se como se estivéssemos no café. Eu que sou pessoa discreta- como bem sabes...- lá tentei impor o respeito. E a frase surgiu. "Este é um velório da nossa família". E é verdade... ora aprecia:
O M. teve quase um quarto de hora a velar o corpo da sala ao lado da tua! E aquele Sr. Comandante que me deu uma seca de meia hora que incluiu uma dissertação sobre a Revolução Francesa e Declaração dos Direitos Humanos!? Sabes que foi proclamada em 1948? É que ao recordar-me deste facto, diminuiu a minha dor!... E aquele amigo do João C. que eu acho muito giro e que pediu a amizade no Facebook à Irina? (facto que melindrou o Rui, como sabes) Não é que ele apareceu e eu quase que fiz um triplo mortal para que ela visse o moço em carne e osso e se rebeliasse contra o marido. O Nuno não percebeu a minha exaltação. Bom também o fiz porque tomei uns ansiolíticos que me deixaram um sorriso idiota na cara e que datavam de agosto de 2012. O termo da validade, entenda-se... e tu sabes que fui ter com o Pedro e lhe disse que tinha um mega buraco nas calças logo a seguir à berguilha. Sabes como é o Pedro... E foi nesse mesmo momento que me apresentou a sua chefe... lá reapareceu o meu sorrisinho amarelo. Eh pá, e a mamã que me cravou uma unha na minha perna porque me deu um ataque de riso... sim, porque bem sabes como é o João C.! Quando começou a falhar escandalosamente a voz ao padre, uma rouquidão que metia dó, ele começou a dizer-me ao ouvido e com dotes de ventríloquo, que o sujeito ou tinha a mesma doença que tu ou tinha emborcado uma vinhaça do pior. Quase que a mamã me furou o vestido. O vestido que estava sujo de chocolate- culpa do teu genro! Já te contei do Toffee Crisp? Eh pá... tenho de fazer um parênteses! Sabes como é o Tiago... confesso que eu não estava muito bem. E o meu querido marido não sabia bem o que me fazer... assim, veio ter comigo (que estava há horas a chorar enrolada no meu próprio corpo) e com voz doce disse "Comprei-te uma coisinha! Tens de adivinhar! Não comes há muitos anos e eu sei que gostas muito! Tem duas palavras! A primeira começa por um T e a segunda acaba num P." - Isto numa voz altamente melosa- Obviamente que eu, sem interesse ou capacidade sequer, apenas lhe pedi para revelar o que era. Juro que ele disse "Toffee Crisp" com o entusiasmo de quem vai pegar num panda bebé ao colo. Ó papá! Tu sabes quem é que gosta de Toffee Crisp? ELE! Eu gosto do Crunchie, como sabes! Mas conseguiu-me arrancar um sorriso... Mas continuando, já te disse que a tia I. ia caindo em cima de uma campa. Ah... mas a outra tia ligou-nos do cemitério a perguntar onde estávamos quando o funeral já tinha terminado havia uma hora! E tu sabes que eu abracei, com o fervor de quem nada com golfinhos bebés todas as pessoas que me apareceram à frente? Eu creio mesmo ter visto caras assustadas no meio dos amigos do Filipe. Tu sabes o que o João C. fez a quase todos os meus colegas? Sabes? Deu os pêsames!!! Com aquele ar sério e pesaroso! Por trabalharem comigo... a cara deles... impagável!
Hoje estivemos em tua casa. O João C. começou por perguntar se algum de nós ainda tinha tupperwares teus... podes-te rir, pois eras maníaco com a devolução dos mesmos... admite! E por que raio tinhas cerca de 20 pares de meias ainda com etiquetas? Ah! E depois disse ao Pedro que tu lhe tinhas pedido expressamente para lhe entregar um objecto. Que tu fazias muito gosto em que o Pedro ficasse com aquilo. O teu filho visado quase chorou de emoção... mas era aquele boneco de madeira que quando aberto exibia uma mega... pila! A mamã abanou muitas vezes a cabeça, como deves imaginar. Olha, encontramos a gaveta das fotografias. Aquelas! Em que tínhamos todos menos vinte quilos e o Tiago e Rui tinham na cabeça aquilo... como é que se chama?... cabelo! É verdade, ainda bem que tens pacotes de arroz em número suficiente para alimentar uma vila porque, como sabes, somos muitos. E sabes que também não te tinha feito mal teres deitado fora umas camisas! É que desde 1943, a moda mudou um pouco. Ah! E se achas que foi uma cena à filme, estás muito enganado. Acabámos todos a discutir. O Filipe a ameaçar que se ia embora quando nem sequer tinha vindo com o seu carro. O Tiago e a Beta a rastejarem no chão para não serem vistos. O Pedro a revirar os olhos.... by the way, encontramos uma foto do Pedro que nos vai render muito dinheiro. Só te digo que foi no Algarve, há uns 15 anos, e ele estava a dormir... Oh, e quando estávamos a transportar as tuas coisas, deixámos a porta aberta tanto tempo e nem nos lembrámos da Maggie. Sabes o que ela mia por ti? Nem te digo. Mas ela não saiu, está descansado. 
Não sabemos o que fazer com muitas coisas. Nem sabemos bem o que fazer a estes sentimentos que, disfarçados de risos e histórias, escondem uma profunda dor. Sabes que o Gonçalo nos perguntou se tinhas ido para o Presépio? Rimo-nos tanto. Mas já não nos rimos quando horas depois chorou com saudades tuas. E quando nos pediu para ir colocar uma flor onde estás. E o silêncio da Inês. As lágrimas da Maria...
Não espero que estejas a rir destas palhaçadas que sabes bem que são nossas. Mas também espero que não chores. Sorri apenas, com a certeza de que foste  melhor pai do mundo. És...

62 comentários:

  1. qualquer pai gostava que um filho lhe escrevesse isto, tenho a certeza.

    bjos mto grande

    Maggie

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    1. Obrigada, Maggie! O meu pai estaria com uma mão na testa a sorrir e a abanar a cabeça ;) Beijinho

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  2. Um abraço apertado embrulhado numa gargalhada porque temos que parecer fortes! ;)

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    1. Obrigada, Ursa! Sabes o meu pai era teu seguidor..... Beijo e talvez, até sábado... beijinho

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  3. Gostei tanto.
    E o teu papá também. Tenho a certeza.

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    1. Obrigada, Helena! Já tínhamos dado um abraço destes... beijinho

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  5. ao ler este texto senti q estive convosco, lindo,muito lindo, não consigo evitar as lágrimas

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    1. Eu tive tanto pudor a escrever este texto... Obrigada! Beijinho

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  6. ele deve estar-se a rir também, à sua(vossa) maneira... beijinho!

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    1. Obrigada, Bee! O meu pai tinha por hábito dizer-me o que achava de alguns dos meus textos. Eu acredito que este o faria rir. E tanto que não contei... Beijinho

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  7. Cheguei só agora aqui a este blog, vinda já não sei bem de onde. Chego e deparo-me com uma notícia triste, porém relatada de uma forma fabulosa.
    já andei a "picar" outros post. e por agora, sinto vontade de deixar um beijinho desconhecido, porém carinhoso.
    D.

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    1. Obrigada por ter passado por aqui. Por norma tento guardar para mim os assuntos mais tristes mas, de facto, não faz sentido partilhar só o cor-de-rosa... Obrigada! Beijinho

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  8. Quando partem deixam-nos o melhor de todos os mundos - quem somos, o que somos e a vida que vamos transformando à nossa volta.O milagre de transformar e construir um Mundo novo. Deram-nos a vida, a melhor de todas as coisas, e deixam-nos as lembranças e as saudades que apertamos muito no nosso peito para sempre. Força e coragem nesta hora dificil. O tempo apazigoa a alma e traz-nos novas formas de sorrir...

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    1. Quando somos pais e nos achamos adultos... sentimo-nos perdidos quando de repente somos crianças outra vez... Obrigada pelas palavras. Beijinho

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  9. Que bom voltar a ler-te. Um grande, grande, super, mega, hiper, abraço apertado :)

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  10. Um Abracinho bem apertado.... sou uma menina do Papá, e perdi o meu à cerca de três anos.... São José.... Ri, e chorei no seu velório. E agora ao ler as tuas palavras, chorei e sorri.... Muita força ! Mesmo !

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    1. Obrigada! Tive alturas em que me senti mal... por conseguir sorrir... mas já percebi... Um beijinho

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  11. Indecente... completamente indecente :P
    Fizeste-me chorar!! Estúpida :P:P:P

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  12. Amei este texto porque imaginei cada situação que relatas mas no fim confesso....chorei! É um misto de emoções. Um beijinho muito grande.

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  13. Querida Ana, só uma pessoa especial como é consegue escrever ao seu papá este post. Fez-me rir e chorar.Um abraço enorme carregado de ternura da Alexandra V.

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    1. Confesse! Foi uma das que tais, abraçada com demasiada força! Gosto muito de si! Muito obrigada! Beijinhos

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  14. és uma bonita, minha querida. abraço muito apertado. são

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    1. Ó São! Que tristeza esta que dá vontade de vomitar e cair no chão... Beijinho

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  15. Pronto, já me puseste a chorar... tenho a certeza absoluta que ele também leu e sorriu. E olha que eu tenho poucas certezas absolutas! Um beijinho
    Nota - também estranhei o teu abraço... :)

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    1. Ahahahahah... demasiada força? Eu acho que abracei o Sr. do restaurante onde o meu pai costumava almoçar. Com a mesma intensidade...
      Agora a sério: obrigada! Beijinho

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  16. Confesso que conheço o blog há pouquíssimo tempo e ainda não tive tempo de 'conhecer' a autora e ler os posts anteriores...

    Mas este post... Que post! Comovente, único, muito sentido! Que tenha também nas entrelinhas força para seguir em frente pata aqueles que cá ficaram.

    Ana

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    1. Obrigada Ana! A vida é mesmo assim. Obriga-nos a avançar. Mesmo que de firma diferente. Menos feliz. Um beijinho

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  17. De todos os posts no blogue...este é "O post". A prova vida que ainda podemos tirar alguma alegria escondida da dor aniquilante.
    O seu pai estará tão orgulhoso neste momento...
    Força!!!

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    1. ** a prova viva
      (as lágrimas não me deixavam ver as teclas)

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    2. Obrigada pelas palavras. Tive momentos em que me senti mal. Por sorrir. Por pensar no que ía vestir. Por pensar no que ía fazer no resto das "ferias"... Existe mais para além da dor e não faz mal. (Isto sou eu a tentar convencer-me)... Beijinho

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  18. Ri, chorei, gargalhei tudo ao mesmo tempo .. pensei que fosse impossível.

    Um beijo grande e cheio de força!! :)

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  19. Ana: um post maravilhoso, de uma filha maravilhosa que teve um maravilhoso pai. Esta semana vou na terceira leva de choro a propósito da sua dor. Mas chorar faz bem. E rir também. O pai e avô Mário vai gostar. Bjs.

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    1. Responder a si é muito complicado. Quando a vi pela última vez já sabia o destino do meu pai. Já tinha o nó na garganta e o sorriso encenado. Pouco falei porque temi que me perguntasse. E se o tivesse feito não conseguiria suportar... Manter-me assim... Aparentemente bem. Só agora percebi uma parte infíma do que passou. Só agora os meus pêsames são sentidos. Um grande beijinho e obrigada pela sua amizade.

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  20. Comovente relato de eventos vividos por si num momento de imensurável dor. Ainda ontem dizia à algumas pessoas que, em momentos similares, eu alegro-me poder ter estado lúcida para ter os vivido e absorvido. Aposto que o seu pai distribuiria sim esse post aos seus amigos e conhecidos, orgulhoso da sua filha que o denota nesse testemunho de uma forma heróica e amável, ainda que se tenha servido de seu cabeleireiro e "interior designer" nos seus últimos dias.
    Força!!!

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    1. :) fui principalmente actriz... A verdade é que ainda não acredito... Obrigada pelo carinho... Beijinho

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    1. É porque eu sou linda! Estou a brincar! Obrigada! Beijinho

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  22. Ando há dias sem saber o que escrever aqui. Queria escrever qualquer coisa mas não sei o quê, depois fiquei na dúvida se deveria porque é um assunto tão pessoal e, embora, os blogs nos iludam com uma proximidade que não existe, esta proximidade é unilateral, ou seja, eu não te sou próxima, não sentirias falta de um comentário meu (ficou confuso, não ficou?). Adiante. Continuo sem saber o que escrever, até porque tenho a felicidade de nunca ter passado por situação semelhante mas digo-te apenas que acredito que o teu pai sabia o quanto era amado, e isso é tudo. O que viveram ninguém vos tira. E um dia voltarão a estar juntos. Quero acreditar nisso.
    Um beijo grande e um abraço apertadinho.

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    1. Muito obrigada pelo teu comentário. Por incrível que pareça, mesmo não conhecendo as pessoas, senti verdadeiramente todo o carinho que me foi transmitido. As palavras têm para mim esse dom e as que escreveste foram muito sábias. Gostei muito. Obrigada! Beijinho

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  23. Só podes ser boa pessoa Pedagogia, só as boas pessoas escrevem assim ... Beijinhos

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  24. Ando há muitos dias para escrever aqui, mas não sou muito boa com as palavras e nunca sei muito bem o que dizer nestas alturas, que imagino serem de uma dor sem tamanho. Felizmente, ainda não passei por isto, mas dá para imaginar a confusão de sentimentos que lhe irá no coração, sendo a saudade a maior de todas...
    Um grande beijinho desta leitora assidua, que raramente comenta, mas está aqui todos os dias sem falhar, uma rotina boa que não dispenso.

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    1. Olá! Obrigada pelas tuas boas palavras! Sim... muita saudade...
      Beijinho!

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  25. Bom..estive de férias, só cheguei hoje, e...seguidora séria que sou da Pedagogia cá vim...Não sei bem por onde começar. Primeiro digo que lamento, muito, imenso! Depois conto-te que o meu pai morreu...exatamente 15 dias antes de nascer a minha filha...morreu-me em segundos. Estava ao meu lado ao almoço, estava morto antes do almoço acabar...sei do falas, tanto, que não consegui evitar rir e chorar ao mesmo tempo. No velório, a minha tia decidiu puxar um tapete que estava torto e desastrada como é deu-nos a todos o medo que deitasse a urna ao chão. A minha mãe entrou e eu e os meus 4 irmãos riamos à gargalhada. A determinada altura trocamos um primo afastado que é economista por contrabandista (sei bem quem começou o rumor mas não digo)e durante a missa, tias escandalizadas falavam sobre a carreira criminosa do pobre do rapaz. Choramos de tristeza porque não conseguimos nenhuma banda de música para acompanhar o caminho até ao cemitério, porque sempre o ouvimos dizer que quando morresse queria uma...Sei lá se me percebem...mas eu ouvi-te muito bem...Um beijo e um abraço apertado desses que distribuiste, de alguém que não conheces de lado nenhum...mas...

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    1. Adorei a tua história (do que é possível adorar...) Engraçada a coincidência dos quatro irmãos, tal como eu. Tivesse eu energia teria continuado este post... ainda na segunda feira uma senhora pediu-nos, na Missa do Sétimo Dia, uma recordação do nosso pai. Pensei numa fotografia, num livro quiçá... não! A ideia era a máquina de lavar roupa... dava-lhe jeito! A vida continua. Continuamos a rir, a ir à praia... o que permanece é a sensação de que nos tiraram um pedaço. Para sempre. Um abraço muito, muito apertado! Beijinho

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    2. Especialmente para ti...
      http://mybabymytoddler.blogspot.pt/2013/08/mae-terrorista.html

      Bjinhos
      Ps. E nada de pensar "ah e tal, olha esta a promover o bloguezinho dela com links e tal..." Nada disso. O meu blogue é um pobre coitado de um substituto de diário de adolescente, em versão "mãe que tem a mania que pode fazer tudo, incluindo ter um blogue" onde só escrevo quando o rei faz anos...não há nada para promover lá ;))))

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    3. Como sabes, adorei! Foi um gesto muito bonito. Aliás tenho tido a sorte de ser acarinhada por tanta gente que não me conhece. Só por isto, este blog já valeu a pena! Um beijinho

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  26. Há muito tempo que não lia uma carta tão saudável! A humanidade em estado líquido e cristalino. Um beijinho pela partilha deste amor que vive nos improváveis do quotidiano e faz de nós pessoas melhores.

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    1. Muito obrigada. Uma tentativa de rir quando só apetece chorar... Beijinho

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  27. Apesar de triste uma belíssima homenagem. Uma historia de amor de uma familia muito inspiradora. Adorei o texto, lamento a perda.

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