quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Carta ao meu marido

Querido! Coisinha mais linda! Sabes a tarte de maçã que fiz há dois dias? Estava boa, não estava? É engraçado que esqueci-me de contar-te uns pequenos, pequeníssimos pormenores. Sabes, é que estava a precisar de descontrair e... enquanto andavas com os miúdos pela natação e futebol, abri uma garrafa de vinho. A música começou a ouvir-se e olha, surgiu-me a ideia de uma tarte de maçã. Já te apercebeste-te, por acaso, de como o vinho combina maravilhosamente com maçã e canela? Adiante. Falava-te no vinho! Pois que comecei a beber e a descontração como que começou a fazer-se sentir na minha frágil figura. Sim, eu parti o copo de vinho algures entre o descascar das maçãs e a farinha mas... pior, pior foi quando resolvi raspar os restos de massa que estavam na colher de pau com as varetas da batedeira. Sabes que fazer isso em pleno funcionamento do aparelho é pura adrenalina? Partiu-se! Por acaso fiquei surpresa com a fragilidade da colher de pau! A meio! Rachada, rachadinha! E as varetas?! Aquilo não é ferro ou aço inoxidável, ou lá o que é? Mais tortas do que tortas e continuaram a rodar! Espectacular! Mas começarem a aquecer o plástico e a minha mão e aquilo começou a incomodar-me. Optei, assim, por desligar o aparelho. Lixo com elas. Mas temos outras!!! Calma! O que serve para bater claras tem de servir para misturar a massa, certo? Enfim, coisas que acontecem! Devagar, devagarinho e com outro copo na mão (este não me fugiu!!) lá fui concebendo aquela maravilha da culinária! Mas foi tãooo devagarinho que, quando me apercebi, vocês já estavam quase a chegar. E eu... pessoa séria nas minhas tarefas familiares avancei a ritmo alucinante com o jantar. O vinho era bom porque não me recordo à distância de dois dias qual foi a proeza gastronómica. Mas continuando. Depressa o nosso lar se encheu do cheiro confortante a maçã e canela e o meu sentido para estas coisas da comida avisou-me que era a altura ideal para tirar a obra da mestre do quente. E assim fiz! Com um pano. Um pequeno pano. Um paninho. Quase que um guardanapo. Já nem sei se foi com um cotonete mas o chão conheceu a nossa tarteira. Sim, é verdade. E a bancada também. Se calhar agora passaremos a comprar tartes no Pingo Doce porque aquele aço ou lá o que é também não ficou famoso. Mas a tarte estava boa, não estava?
 
P.s. Obrigada querido por teres ido à noite (quando te pedi) colocar o lixo no contentor. Estava pesado o saco? Já te disse que gosto muito de ti? Tipo, muito mesmo?
 
A tua fofinha!

2 comentários:

  1. Ahhahahaha do melhor. Quero ver o efeito quando for a mouse de chocolate

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  2. E os cacos do copo não ficaram na tarde? Well, se calhar só importa que ele tenha comido... Lol

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