quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Como um livro que conta...

Não sei se é comum olharem para vocês próprios. Olhar mesmo.
Uma vez tentaram-me limpar um sinal pequenino que tenho junto ao olho. Depois desse episódio descobri essa característica minha que nunca me tinha chamado à atenção, apesar de me ver todos os dias ao espelho. Achei curioso esse momento pois, desde então, tenho olhado para mim. Com outra atenção. E tenho gostado. Mais do que nunca. Porque encontro nas minhas imperfeições aquilo que é a minha história. Na perna tenho uma marca de nascimento exactamente igual à do meu irmão Rui. Tenho uma cicatriz no polegar de uma vez que abracei um cão contra a sua vontade. Marcas nos joelhos que resultaram de quedas de bicicleta. Tenho dois pontos brancos nos lábios de uma vez que caí quando ainda mal sabia andar. Uma cicatriz escondida por detrás da orelha quando voei da cama, onde dava um concerto com o meu irmão Filipe. Tenho estrias na minha barriga deixadas pelos meus filhos. Tenho uma tatuagem que escolhi fazer... São marcas, todas elas. Umas invisíveis outras nem por isso. A maior parte felizes, outras ainda por cicatrizar... Mas todas marcas. Só minhas e só por isso, gosto!

4 comentários:

  1. ...mas o essencial é invisível aos olhos... o corpo é apenas um mapa de vivências!

    gosto muito do seu blog! Parabéns

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