Já vos disse aqui que as palavras lidas que mais me marcaram nos últimos tempos foram as da Rita, a propósito da Catarina. "Só há duas opções na vida quando ela toma um caminho que nunca sonhámos. Ou amarguramos. Ou adoçamos". Quem me conhece sabe que a minha tendência não é doce. Teimo a pensar no negativo, naquilo que me magoa ou entristece, em vez de focar-me em tudo o resto. Naquilo que tenho de verdadeiramente de bom e que é muito. Mas acho que aquilo que fui ganhando com a idade e com a experiência de vida não foi bem a capacidade para ver o mundo de outra forma mas, a competência para acertar as agulhas. Sou como sou e não me parece que vá mudar. Todavia, tenho outra sabedoria e conhecendo-me bem, sei o que preciso de fazer para equilibrar estes ingredientes na minha vida. Esta consciência passou já a rotina inconsciente. Não passo um dia sem reflectir. Numa espécie de balanço, fecho os olhos e enumero mentalmente aquilo que de bom me aconteceu. Não precisa ser muito. Uma boa conversa, um "oi" inesperado, o fim de uma corrida ao frio, gargalhadas sonoras, um abraço... centro-me nisso e é assim que adormeço. Só assim faz sentido e ontem... foi isto:
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