quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Quando o aluno ultrapassa o mestre

Imaginem um cenário luminoso. Quase desfocado, de tão bonito. Uma mesa farta, pessoas alegres, crianças sorridentes. O Ano Novo quase a chegar. Eu estava com aquele sorriso parvo e silencioso. De cabeça levemente inclinada, olhava para os meus filhos. Tão crescidos, tão amigos. Ah... como é bonito, pensava eu. Atrevi-me a partilhar. Com orgulho e carinho extremo, contei como o meu pequenito fazia a cama da irmã... todos os dias! Tão generoso. Um exemplo de um bom irmão. As pessoas reunidas inclinaram igualmente a cabeça. Em câmara lenta, suas bocas abriram-se e os seus olhos dilataram-se, tal o espanto. Ouvi, com eco: Bom trabalho! És excepcional! Depois de ter crescido dois centímetros e de ter recebido diversas medalhas invisíveis, senti o meu ego maternal quase a explodir, até que... o meu pequenino petiz abriu a boca.
1.50€ semanais é o preço do seu amor.
Acho que 2014 também não vai ser o meu ano.

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