Ele pegou na mala e eu peguei em ideias. Desenhei mentalmente o meu plano para três dias, numa versão "home alone- os miúdos não contam". Vi a minha almofada centrada na cama, exactamente ao meio. Todo um oceano de espaço que imaginei a cobrir totalmente. Pernas, pés, braços... Espalhados por uma dimensão habitualmente dividida. Projectei uma sessão lamechas de cinema normalmente evitada e a luz do candeeiro permanentemente on, alimentando leituras em atraso. Programei um café extra extra para sustentar horas tardias e equacionei umas manhãs em profunda ronha, alimentadas por um tempo feio e crianças convenientemente subornadas. "Sim, querido! Vou ter muitas saudades!" (Sorriso cândido)
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