terça-feira, 3 de março de 2015

|Mini-reportagem de um desafio| 25 de fevereiro


Ontem corri 11k. Mudei de roupa no trabalho e parti de Oeiras. Passei Paço de Arcos, Caxias, Algés e virei na Cruz-quebrada. Subi até Linda-a-Velha e finalizei com uns alongamentos mal engendrados. Não parei de conversar com a Marta em todo o percurso e isso alentou-me. Antes não era assim. Mal respirava. Mas falámos, sim. Sentimos a dificuldade de uma estrada com uma ligeira inclinação lateral e manifestámos o incómodo provocado pela irregularidade da calçada. Rimos quando sentimos estar a ser fácil e decrescemos para mini ratos quando acusou o cansaço. Corremos o tempo todo a pensar em papas de aveia e quando terminámos, bebemos água e comemos nozes. Foi um bom treino. Hoje dói-me o joelho direito e o final das costas, no exato lado já lesionado.  Sinto-me, ainda assim, bem.
O Filipe hoje perguntou-me se iria correr 21k daqui a 24 dias. Anui, com voz sumida. Não queria contar mas não sou fã da mentira. Disse que sim. Anunciou que me esperaria na meta com o megafone que lhe pertence na organização. Senti o medo com um murro no estômago.
Disse ao meu marido. Anunciei que o faria e observei. Senti-lhe o medo mais do que o espanto. Conhece a minha persistência. Disse que correria ao meu lado. Afastei essa ideia.
Faltam 24 dias e agora que verbalizei, temo não conseguir. Medo da dor, medo do fracasso... Sinto medo. Maldita hora em que senti que tinha de contar.







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