sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Vida socialinha

Não é triste...deprimente, vá, quando a vida social dos nossos filhos é mais interessante do que a nossa?
Actualmente, tenho de fazer um esforço sobrehumano para conseguir memorizar não só as criancinhas e respectivos pais que fazem parte do seu círculo de amigos, como, pior, associar os mesmos às múltiplas redes onde os meus filhos estão integrados. Às vezes, dou por mim a falar com pessoas, sorrindo exageradamente, apenas para compensar o facto de não fazer a mínima ideia de onde os conheço.
No caso da minha filha, que já (!!!) tem 7 anos, a coisa complica-se. Temos, pois, os amigos/pais da primeira escola onde andou (onde se incluem diversas salas), os amigos/pais da nova escola, os amigos/pais do ATL, os amigos/pais da natação, os amigos/pais da catequese e...os amigos/pais com os quais falei nos mais diversos processos de transição. Do género:
 "Então, a sua filha sempre ficou no turno da manhã? O meu João ficou à tarde!". Atenção: não faço a mínima ideia de quem é aquela pessoa; o João; e, em que momento a minha vida se cruzou com a deles...
E o mais grave é que alguns destes amiguinhos partilham actividades... existem amigos/pais que, por exemplo, frequentam a escola e natação ou outros que acumulam a catequese com o ATL (são múltiplas as combinações de variáveis). E, ainda, existem amigos/pais que, tal como nós, estão em lista de espera para uma outra actividade qualquer...
E eu não consigo processar toda essa informação!!!
Mas o que me assusta mesmo é que todos sabem o meu nome e o nome dos meus filhos e eu não faço a menor ideia do contrário. E daí, sou obrigada a utilizar todo um discurso esquizofrénico que inclui frases como:
"Então?? Ela (reparem na ausência do nome) está enorme! Como é que está a correr a integração na escola (tiro no escuro tendo por base apenas a variável: altura)?".
O segredo é nunca concretizar! Ainda assim já me aconteceu receber respostas como:
"A Mónica só entra no 1º ciclo para o ano!!. Quando a tua filha estava na sala dos 5 anos, a Mónica estava na dos 4, não te lembras?".
"CLARO!!!".
A minha filha, julgo que já se apercebeu desta minha dificuldade. Em primeiro lugar, queria, a todo o custo que eu me tornasse amiga dos pais dos seus amiguinhos, através do Facebook. Foi complicado explicar-lhe que não fazia a mínima ideia de como encontrar tais personagens.
Agora, adoptou uma nova estratégia. "Mãe, hoje vem-me buscar mais tarde. Às 6h30 vem a mãe da Margarida que quer falar contigo!" Tendo eu falhado a promessa, a alternativa surgiu:


Só me resta no dia 24, aparecer no local indicado e perguntar, DISCRETAMENTE, quem é a Margarida...

3 comentários:

  1. Não é só a uma mãe com filhos socialites que isso acontece... também eu dou por mim tantas vezes a sorrir e falar a pessoas que não conheço!!!! ;)

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  2. E espera até as variáveis se complicarem quando, por azar, a professora de um dos meninos tem os seus filhos na mesma natação que os teus e tua a encontras.
    Às tantas já é a dupla-personalidade da professora da criança cruzada com a mãe da colega da natação! Nózinho no miolo?

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  3. E agora que coleguinhas da mais velha estão na escola do mais novo? E o paizinho que anda na natação com pai de coleguinha do ATL. E mãe de menina que anda no ATL e Catequese...tou tãoooooo confusa!!

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