domingo, 2 de outubro de 2011

De vez enquando

Já vos disse que me canso muito (mais ou menos...) durante o fim-de-semana ?
É sempre uma roda viva. Ontem tive 12 pessoas a jantar cá em casa. As crianças pingavam e os pais reunidos na escuridão e frescura da varanda botavam faladura. E isto foi à noite...durante o dia foi um rol de actividades...
Hoje, novo dia, novos afazeres. Crianças na catequese e mães numa corrida que se afigurou louca, considerando a temperatura que se fazia sentir.
Mas, quando precisamos de parar, as crianças ressentem-se. "O que vamos fazer agora?", "Onde vamos?", "Quem é que vem cá a casa?", "Vamos a casa de quem?"... são as frases mais ouvidas neste lar. É díficil explicar-lhes que, de vez enquando, temos de parar. De vez enquando. Temos de nos sentar no sofá - só nós - conversar, ler, ver televisão, arrumar gavetas... coisas normais! Não entendem. Fins-de-semana de Verão (!!) têm sido, desde sempre, sinónimo de agitação. (E, ainda bem...)
A tarde de hoje estava reservada, precisamente, para rotinas familiares absolutamente necessárias. O estudo era uma delas...mas até mim me custava estar sentada numa secretária, quando o sol e o calor se faziam sentir alí tão perto.
Assim, pegámos numa manta, bola e garrafa de água e rumámos ao jardim que, felizmente, temos nas traseiras da nossa casa. A minha filha carregava o material escolar, incrédula! A sessão de estudo processou-se assim, perante o olhar de espanto de quem alí passava. E correu muito bem. O ditado ainda assim teve muitos erros, mas aquela horinha soube muito bem. Sei que não contribuí nada para a ideia que tentei passar minutos antes dessa decisão. "Não temos de andar sempre a fazer alguma coisa diferente!!!".
O mais díficil na educação, na minha opinião, é assegurar coerência na nossa conduta e linguagem...
Mas, ainda assim, acho que não foi um erro crasso.

Sem comentários:

Enviar um comentário