quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Lixo electrónico

"Recebeu um email!"

Não quero!
Tenho medo!
Desde que os desgraçados de um conhecido banco foram "convidados a sair" via email, eu reencaminho tudo o que "vem de cima" para aquela zona espectacular da minha caixa do correio intitulada "lixo electrónico". Bem sei que pode ser uma comunicação interna, despacho ou outra informação/orientação importante mas... eu prefiro não saber. Posso sempre alegar que não vi. Não recebi. E contra isso, meus amigos, vocês não podem fazer nada!
(É aqui que dou uma gargalhada maquiavélica).
Agora a sério. Aquilo foi muito bem feitinho. Parece que cada um dos 2100 colaboradores recebeu um email com a notícia e um link personalizado. À distância de um click, cada um dos eleitos (que é o mesmo que dizer todos) tinha acesso a informação respeitante à indemnização que lhe cabia caso aceitasse a rescisão amigável. Parece-me bem organizadinho. Rápido e eficiente. Um bocadinho frio mas também não estamos em altura de sermos fofinhos uns para os outros... O que é que queriam? Uma reuniãozinha? Um postalinho com ursinhos dizendo "Até uma próxima. Boa sorte"? Um abraço?
Pieguinhas!

Admiro-me que perante todo este cenário que se reproduz com maior ou menor visibilidade televisiva, nos telejornais se discuta até à exaustão a concessão ou não de uma tolerância de ponte para gozar o Carnaval.
Sim, o que mais apetece ao pessoal é gastar metade do subsídio de desemprego numa fatiota profundamente ridícula e reduzida e passear nas ruas gélidas deste país.


4 comentários:

  1. Como concordo.... até estava aqui a pensar que devia ter um problema mental, mas afinal parece que não (ou pelo menos não estou sozinha).

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  2. tb concordo. com tudo o que se passa por cá, não percebo a fixação com o carnaval, dado que nem sequer é uma tradição que tenhamos assim tão enraizada.
    já no que toca à história do banco, é mesmo chocante a forma como o fizeram. as decisões de gestão nunca deviam esquecer-se de que do outro lado estão pessoas....

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  3. Também eu fico revoltada com os jornalistas e com o alinhamento das notícias e das não notícias, do que é importante e do que é acessório, qualquer dia, para além das reportagens sobre o frio, o calor, o carnaval, estão a discutir o sexo dos anjos.

    Não sabia da história do banco, já nos tratam como números. Triste, muito triste.

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