quarta-feira, 11 de abril de 2012

E aos trinta e poucos, começo a perceber

Ainda na continuidade dos post's anteriores, já aqui "falei" algumas vezes nas zonas cinzentas- na descoberta que fui fazendo ao longo dos últimos anos e que basicamente me fez entender que as pessoas não são totalmente boas ou totalmente más. Pelo menos, a maioria das pessoas. E esse conhecimento tem-me feito olhar para dentro. Sempre fui reconhecida como sendo uma pessoa com bom fundo. Amiga do seu amigo, com bons valores, bons princípios e incapaz de fazer mal a alguém (pelo menos de forma intencional e consciente). Eu acredito nisto. Acredito em mim. Tenho assistido a muitas coisas, tenho ficado algumas vezes de boca pendurada perante atitudes e comportamentos que eu não julgava possíveis. E acho que não me enquadro num "lado negro". Obviamente que não sou uma santa mas, se tiver que me caracterizar diria que, como pessoa, tendo mais para um lado bom (se é que isso existe). Mas apesar desta minha "auto-avaliação" positiva, também reconheço cada vez mais características minhas que desejava não possuir. Melhor falando, sei que tais contornos de personalidade sempre existiram mas, assumo agora que se os conseguisse minimizar ou controlar, seria muito mais feliz. A minha vida era mais simples. Mas é dificil mudar a nossa essência. Acho que podemos camuflar, esconder, contrair mas, nos momentos criticos, elas aparecem e, por vezes, de tanta repressão, são elevadas ao seu expoente máximo. Desejava ser menos impulsiva. Menos ansiosa. Gostava de deixar de tentar racionalizar aquilo que não é passível de o ser. E, inversamente, de agir menos com base na emoção. E, acima de tudo, gostava de "sofrer" menos por antecipação. De tentar controlar aquilo que não depende de mim. Como é que isto se faz? Ainda não descobri.  Mas acho que o importante é reconhecer que o preciso de fazer. Daí a encontrar o caminho...

2 comentários:

  1. Amiga, Como eu me identifico com este texto...

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  2. Costumava ouvir muitas vezes que fulano ou Sicrano tinha mau fundo, nunca disseram isso de mim, apenas diziam que eu só era má, para quem era mau para mim e para os meus, mas nunca me lembro de ter feito mal a ninguém, Nem sei se sou má pessoas ou não, só sei que poderia ser melhor isso sim. às vezes penso que podia fazer um pouco mais...

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