sexta-feira, 20 de abril de 2012

E este fim-de-semana é de dois + doizzzzzzzzzzzzzzzz

Há muito tempo que tenciono escrever sobre o divórcio. Não, não é desta que vou fazer uma reflexão séria e crítica acerca desta problemática. Todos sabemos que este é um acto doloroso, dificil e com repercussões maioritariamente negativas para todos os envolvidos. Filha de pais divorciados sei bem do que falo e, talvez por isso, essa análise séria nunca aqui vai acontecer. O que podem esperar de mim (!!!) é a visão idiota do assunto. Ora vamos lá:
E, então, porque é que quero falar sobre isto? Porque, basicamente, há aspectos no divórcio que me agradam. E é à sexta-feira que penso nisto. Porquê? Porque assisto recorrentemente à prática crescente de amigas divorciadas. É neste dia, em que culmina a semana, que carregam no carro as mochilas dos seus filhos. É neste dia que vão entregar os seus rebentos aos "falecidos" e/ou ex-familiares e que se preparam para um fim-de-semana de emoções. A frase que eu mais ouço nos últimos tempos é: este fim-de-semana é do pai. E basicamente esta é a palavra-passe para todo um período de liberdade. E tudo isto ecoa no meu cérebro a decibéis que rebentam qualquer limite legal de emissão de ruído. É que reparem: acaba por ser bom para toda a gente! Os miúdos, na realidade, passam a ter duas casas, mananciais de brinquedos, programas sociais e culturais muito mais ricos, amor e dedicação parental adicional e, eventualmente, uma fonte acrescida de atenção de qualidade (vulgo suborno) fruto dos novos seres que passam a pupular de forma cada vez mais permanente nas respectivas habitações. E já falei com o meu marido sobre este assunto! Abordei todas as potencialidades associadas e já propus até um esquema experimental proveitoso para as partes. Por exemplo: sem zangas, rancores ou mágoas, um de nós (ele, claro) ía à sua vida (casa da mãe) durante um mês. Os miúdos ficavam no lar com a sua mamã fofinha. Sexta-feira, o papá vinha buscar as crianças e proporcionava momentos de lazer espectaculares e inesquecíveis aos petizes enquanto eu beneficiava de todo um processo de promoção da beleza e bem-estar... nas noites destes dois dias, as crianças ficavam com os avós e nós- loucos de saudades- encontravamo-nos num sítio qualquer (longe da rotina do édredon com nódoas de tulicreme) e dedicavamo-nos a horas de prazer carnal como dois divorciados que revivem as emoções experienciadas aos 16 anos. E segunda-feira... tudo igual.
Eh pá! Ele nem me respondeu! Falta de visão!

*Esqueci-me de mencionar que este projecto piloto não poderia incluir terceiros... pormenor de uma pessoa ciumenta.

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