Há muito tempo que tenciono escrever sobre o divórcio. Não, não é desta que vou fazer uma reflexão séria e crítica acerca desta problemática. Todos sabemos que este é um acto doloroso, dificil e com repercussões maioritariamente negativas para todos os envolvidos. Filha de pais divorciados sei bem do que falo e, talvez por isso, essa análise séria nunca aqui vai acontecer. O que podem esperar de mim (!!!) é a visão idiota do assunto. Ora vamos lá:
E, então, porque é que quero falar sobre isto? Porque, basicamente, há aspectos no divórcio que me agradam. E é à sexta-feira que penso nisto. Porquê? Porque assisto recorrentemente à prática crescente de amigas divorciadas. É neste dia, em que culmina a semana, que carregam no carro as mochilas dos seus filhos. É neste dia que vão entregar os seus rebentos aos "falecidos" e/ou ex-familiares e que se preparam para um fim-de-semana de emoções. A frase que eu mais ouço nos últimos tempos é: este fim-de-semana é do pai. E basicamente esta é a palavra-passe para todo um período de liberdade. E tudo isto ecoa no meu cérebro a decibéis que rebentam qualquer limite legal de emissão de ruído. É que reparem: acaba por ser bom para toda a gente! Os miúdos, na realidade, passam a ter duas casas, mananciais de brinquedos, programas sociais e culturais muito mais ricos, amor e dedicação parental adicional e, eventualmente, uma fonte acrescida de atenção de qualidade (vulgo suborno) fruto dos novos seres que passam a pupular de forma cada vez mais permanente nas respectivas habitações. E já falei com o meu marido sobre este assunto! Abordei todas as potencialidades associadas e já propus até um esquema experimental proveitoso para as partes. Por exemplo: sem zangas, rancores ou mágoas, um de nós (ele, claro) ía à sua vida (casa da mãe) durante um mês. Os miúdos ficavam no lar com a sua mamã fofinha. Sexta-feira, o papá vinha buscar as crianças e proporcionava momentos de lazer espectaculares e inesquecíveis aos petizes enquanto eu beneficiava de todo um processo de promoção da beleza e bem-estar... nas noites destes dois dias, as crianças ficavam com os avós e nós- loucos de saudades- encontravamo-nos num sítio qualquer (longe da rotina do édredon com nódoas de tulicreme) e dedicavamo-nos a horas de prazer carnal como dois divorciados que revivem as emoções experienciadas aos 16 anos. E segunda-feira... tudo igual.
Eh pá! Ele nem me respondeu! Falta de visão!
*Esqueci-me de mencionar que este projecto piloto não poderia incluir terceiros... pormenor de uma pessoa ciumenta.
Tambem já me tinha ocorrido essas ideia... E fantástica, não e????!!
ResponderEliminarConcordo plenamente! Mas o meu marido também não foi na conversa quando lha propuz!
ResponderEliminarPerfeito, perfeito!
ResponderEliminarGabriela
Bem pensado!
ResponderEliminarnao está mal visto, não...
ResponderEliminarSó mulheres comentam... estranho....
ResponderEliminarLol, os homens lêm mas não comentam ;)
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