sexta-feira, 4 de maio de 2012

Ah, granda filho!!

Uma pessoa apanha cada susto na vida! Vou contar.
Como sabem, no próximo Domingo celebra-se o Dia da Mãe. Quer isto dizer que, no dia seguinte, terei actividade na escola do meu filhote. Perto das nove horas haverá lugar para um pequeno almoço diferente. Cada mãe leva um produto e com os nossos filhos iremos preparar um pequeno-almoço que ingerimos em ambiente do mais ternurento que possam supor. Associada a esta brincadeira, a professora preparou uma gracinha. Cada um dos petizes fez um desenho (folha A3) da sua mamã. Aqui começa já a parte assustadora... A imagem que um filho faz de nós pode ser dramática. Acresce a tenra idade das crianças. Com 5/6 anos os petizes ainda não têm qualquer constrangimento social que os impeça de transformarem um pequeno sinal numa terrível verruga cheia de pêlos. Para além da representação gráfica, a professora escreve com a sua letrinha, na parte de cima do desenho, as palavras que as criaturas inocentemente utilizaram para caracterizar aquele ser espectacular que sofreu para os colocar no mundo. Ah... os miúdos escrevem o seu nome na parte de trás dos desenhos que são afixados no PLACARD da escola. As mamãs, depois de devidamente alimentadas, têm que adivinhar qual o papel e palavras que melhor espelham a sua imagem/personalidade. Giro, certo? Errado!!! Quando hoje fui buscar o meu filho à escola já lá estavam os ditos desenhos afixados e eu, descontraidamente, comecei a investigar (ainda longe do meu filho). Tão fofinhos! Tão lindos. Deixa ver as frases! A minha mãe é loira e tem caracóis. Oh... A minha mãe brinca comigo. Oh... A MINHA MÃE É GORDA. Pára tudo! Ía morrendo. Positiva como sou (...) pensei logo: sou eu! Acho até que disse mentalmente uma asneira. Primeiro ocorreu-me a expressão "estupor do puto". Mas depois reflecti e dirigi o meu ódio para a professora. Quem é o educador que escreve palavras tão desagradáveis? Mesmo que uma criança diga tal coisa, não é a senhora capaz de pedir ao menino para enunciar outros aspectos do ser mais importante da sua vida?!?! Bom. Nada de dramatismos. Deu-me uma vontade louca de rir. Eu ali especada no corredor a tentar espreitar o nome do meu filho por detrás do dito desenho. Nada feito. Ainda a rir, imaginei-me com as outras mães, segunda-feira... obviamente que considerei ir munida, para além do sumo que me incumbiram de trazer, com uma tesoura e corrector! Fui buscar o meu filho e, INOCENTEMENTE, disse-lhe "já vi o desenho que fizeste da mamã"!
-Adivinhaste?
Sim!
-Então qual é?
É este! (a gorda!)
-Não!!!! Erraste!! É aquele....
Oh pá! Passo a transcrever o texto escrito no meu desenho:
"A minha mãe é alta. Tem o cabelo preto e em casa usa óculos. A minha mãe é fininha".
Segunda-feira não vou levar corrector nem tesoura mas vou entrar de lado, vou-me sentar de lado e não vou respirar...

7 comentários:

  1. Ahahahahahah! So' para saberes, fui pesar-me hoje e ia tendo um enfarte:73,6. Num metro e meio.

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  2. hahahha grande filho, é assim mesmo :)
    'trocatintas' eu sou das tuas, 69 num 1,55 (que vergonha, ainda estou á espera de ser magra, como estou á espera que me saia o euromilhoés, sem fazer nenhum!)

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  3. Há muito tempo que não me ria tanto com um post. Adorei! Um beijo e obrigada por este momento

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  4. Adorei, adorei, adorei... Eu esperaria o mesmo!

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  5. ahaha...muito engraçado...já se passou comigo mas foi muito pior:

    trabalho explica os sentimentos:
    estou feliz...quando a minha mãe me dá mimos,
    estou triste ...quando não tenho com quem brincar
    choro....quando a minha mãe me bate....

    sim isto no placar da escola...as outras mães devem pensar que espanco o miudo, mas apenas sacudo o pó

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  6. Não entendo o constrangimento: Uma mãe, na véspera do dito cartaz pôs o seu "rapazinho" de castigo. Claro que nos dia seguinte havia uma frase do estilo" A minha mãe é má! Não gosto dela. Ontem pôs-me de castigo porque eu arranhei o cão... (nome da criança)".
    A Educadora explicou-nos porque deixou "A" frase seguir.
    Ser mãe é amar. Amar é educar"

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