quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Vergonhas que duram pouco

O meu homem pequenino entrou hoje na escola a roer as unhas. Agarrado às minhas pernas. Escondido por detrás do meu corpo.
Sentado na pequena cadeira, na mesa baixa, olhou com encanto para todo o lado. Ouviu a professora atentamente. Ainda a roer as unhas.
Passaram uns minutos. A concentração deu lugar à inquietude. Começou a falar com quem partilhava esta sua primeira experiência. Das poucas palavras passaram aos cochichos. Às risadas. Aos rabos irrequietos. A professora chamou à atenção. Eu abri os olhos.
O meu homem pequenino não roeu mais as unhas.

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