terça-feira, 30 de abril de 2013

Dos vestidos à Dora, A... em três segundos

As mulheres são seres complexos. Julgo que esta é a melhor definição. Não são sensíveis, complicadas, dramáticas... são... complexas. O seu pensamento não é simples. Nada é linear nas suas cabeças. E eu... eu devo constituir um magnífico exemplar-tipo desta caracterização que atrevo-me a generalizar. Podem atirar pedras para aqui. De facto, e falando de mim própria, é incrível a sucessão de pensamentos, ideias e correlações que me ocorrem num curto espaço temporal. Sou menina para associar palavras como frango e leggins numa mesma frase porque de facto consigo encontrar uma interligação. Consigo pensar no que tenho de colocar a descongelar para o jantar de amanhã, ao mesmo tempo que considero vestir determinada roupa e ensaio mentalmente uma conversa. É uma espécie de multifuncionalidade cerebral que, ora ajuda, ora cansa, ora diverte. Ainda agora, aqui sozinha, dei por mim a rir. A rir mesmo. Porque estava a ver vestidos para a primeira comunhão da minha filha. E lembrei-me do seu baptizado. Por inerência, lembrei-me do baptizado do meu filho. E recordei-me de um episódio que ainda este fim-de-semana foi relembrado pelos meus amigos (e que eu já tinha apagado da memória). Aquele momento em que eu tive uma branca descomunal em plena cerimónia e fiquei num silêncio constrangedor quando o padre me perguntou o que eu "pedia para o meu filho". Em plena pia baptismal não me ocorreu que o que pedia para o meu filho, naquele momento, era o baptismo (!!!). E assim, lembrei-me como seria engraçado registar todos estes momentos. Como seria interessante, daqui a uns anos, quando a memória já não ajudasse, poder recuperar estes episódios. E lembrei-me da Limetree. Mas logo a seguir, refleti que, nem todos os episódios deviam ser recordados com a beleza e delicadeza das histórias que associamos às crianças. E, no mesmo segundo, lembrei-me da Dora, A Exploradora. E pensei: "que belo exemplo!". Imaginei-me, daqui a uns anos, a contar à minha filha que EU tinha pânico desta figura animada. Quer dizer, não era medo do desenho animado. Era receio que a minha filha repetisse publicamente, o que dizia inúmeras vezes em casa: Dora, A Esporradora. E ri-me.
E como vêm, de um vestido de cerimónia podemos passar, em segundos, para um domínio mais... privado. E agora lembrei-me do Bill Cliton.... e isto não pára...
 
Pronto. Acabei de arranjar mais um problema. Porque, se por acaso, o meu marido for ao Google e colocar na pesquisa "esp" vai-lhe aparecer automaticamente a palavra que acabei de pesquisar para me certificar que não iria errar... e que não era "exploradora"...

8 comentários:

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    1. Não sei se "bom" é exactamente o mais adequado... mas obrigada ;)

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  2. Ahahahahahahahaha

    Adoro cada linha que escreves!

    És complexa, é isso!

    Beijinho

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    1. Niki!!!! São complexa o que faz de mim interessante!- É isso, vou adoptar este mantra!!! Beijos

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  3. És linda! Se um dia for mãe, quero ser como tu! :)

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    1. Oh pá, ó Snail!! Tu não te desgraces!!! Obrigada! Bjs

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  4. Em relação ao baptizado aconteceu-me a mesma coisa, ou parecido. Quando o padre me perguntou o que eu pedia para o meu filho comecei com uma listagem de coisas tipo saúde, felicidade, amor, etc, etc e a minha tia quase esmorecida a rir, por trás do padre, fazia-me um sinal de cruz e eu nao tava a perceber nada... o Padre já irritado, revirava os olhos e dizia: Eu vou reformular a pergunta... ehehehe e isto aconteceu 2 vezes mais, porque ele perguntava a mesmíssima coisa e eu respondia exatamente o mesmo. Foi uma comédia, e tu trouxeste-me o episódio á "lembradura"
    Carla Nunes
    Funchal ( assim sabes que tens leitores longínquos)

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    1. Ahhhhhhhhhh! Que alegria! Não fui a única! Espero, ao menos, que o teu filho consiga pronunciar bem o cognome da Dora... Obrigada por me "seguires" de longe ;) bjs

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