segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Eu já tinha escrito sobre isto mas...

... as estradas que percorremos são as mesmas e os miúdos têm memória curta. Assim, transcrevo o seguinte diálogo espectacular:
Filho: O que é aquilo?
Eu: fingo não ter visão e audição.
Ele fofinho: é um marco geodésico.
Eu: dirijo olhar que inclui uma mistura de surpresa e pena.
Ele: devolve-me expressão que subliminarmente transmite a seguinte mensagem "somos educadores, temos de ensinar!" Denoto, até, alguma arrogância desprezo.
Eu: arrisco um olhar de pena extrema.
Filho: O que é um marco?
Eu: gargalhadas silenciosas.
Ele: Bom, um marco é algo que assinala...
Eu: gargalhadas silenciosas e maquiavélicas.
Filho: O que é "assinala"?
Eu: Sentada no carro, rebolo por todo o tablier, tapetes e eventualmente bagageira.
Ele: Dirige-me um olhar desesperado.
Eu: Já disse que dou gargalhadas silenciosas?
Ele: Ora, assinalar é... ora, é quando queremos... bom, é...
Eu: Xiiii está a ficar tão escuro! Quem quer castanhas?
 
Filho: Euuuuuuuuuuuuuuuu!
 
Conclusão: Um marco é quando assinalamos algo importante como: vamos comer castanhas e ignoramos o que não sabemos explicar! O geodésico é um foguetão, não é óbvio?!

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