domingo, 26 de janeiro de 2014

No rumo certo. Com todos os ingredientes.

Tenho um caderno de receitas preto. Não é um caderno qualquer. Apenas merece ser preenchido com sabores e combinações testadas. E, como tal, só depois de feito, provado e aprovado, é que é considerada a sua transcrição. E lá aparece. A fórmula guardiã do resultado apreciado. Com o nome da pessoa. Gosto que esteja lá o nome. As rabanadas da Carla, o bolo de chocolate da avó Milita, os legumes no forno do Rui, o caril de caranguejo do meu pai. Fazem diferença os nomes. 
A tarte da Rita tem um marcador. Recorro semanalmente às directrizes. Com frango, atum, legumes, fiambre... Fica sempre bem. Desde que eu vire a página... Esqueço-me quase sempre de o fazer e, como consequência, ficam de fora uma série de ingredientes. Elementos importantes. Às vezes consigo corrigir a tempo mas, noutras tantas é irremediável. E aí, ou come-se, numa espécie de versão pobre, ou não tem remédio. Também assim é a vida. Não tanto no que a virar páginas respeita mas na importância de não descurarmos a relevância de todos os elementos. Para não sermos uma versão comestível mas pobre. Isto tudo para dizer que ando, com prazer, com as calças largas. Pondero mesmo dormir com elas. Para não me esquecer... De como os meus esforços compensam. De como estou mais rica.

2 comentários:

  1. Ainda não experimentaste tu a merenda folhada do Pedro... não te mando a receita que aquilo com uma merenda de 2kg engordas 10!

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