quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Teoria

Há uma linha que separa- lá diz a publicidade e meia nação. Há uma linha que separa, sim, aquilo que dizemos e o que efetivamente fazemos. Falo por mim que pratico o contrário do que apregoo. Falo de crescimento, de promoção da autonomia e mais não sei quantas frases feitas mas, quando chega a hora de verdade, aperto-lhes a mão impedindo a tal independência. Hoje assistíamos a um miúdo bem mais pequeno que os meus a saltar com valentia para um mar que desconhecemos. Admirava-lhe a coragem e o desprendimento da mãe que fotografava do outro lado, num outro ponto alto das rochas. Pensava, em silêncio, como era incomum a sua ausência de medo. Tratava-se, afinal, de uma baía numa maré baixa mas com um fundo escuro e rochoso. O meu, após longos minutos de contemplação disse que o queria fazer. Queria saltar, vejam só! Com mensagens contraditórias disse-lhe que a ele não era permitido. Que para ele era perigoso. Perguntou-me porquê. Disse-lhe "porque és meu"....
[ninguém é meu mas ele ainda não sabe]






3 comentários:

  1. percebo-te perfeitamente... quando é com os nossos dói-nos sempre mais, pois claro!

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  2. Passo os dias com eles em situações dessas... aqui vale-nos o pai que acredita e pratica a autonomia!
    Eu fico atrás com o coração do tamanho de uma ervilha. :S

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  3. Ele vai ser sempre teu...voces é que ainda não sabem =)

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