sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Urticária

Eu, que sempre fui adepta dos telejornais, sou cada vez mais aversa ao jornalismo actualmente praticado. Não suporto as constantes repetições e as notícias fabricadas, como se fosse preciso encher uma hora de programa televisivo, a todo o custo. A falta de notícias- julgo que é disso que se trata- não deveria passar por uma redução da duração do respectivo programa? Em vez disso, temos de apanhar, desculpem a expressão, com entrevistas a criancinhas de 5 anos, que são questionadas sobre assuntos que não entendem ou directos numa oficina que foi assaltada na manhã do dia anterior!? E já nem falo das reportagens (que, na minha opinião, não lembram a ninguém) com dois- à falta de melhor designação- jornalistas que, em pontos equidistantes do país, falam um para outro, sobre o sítio onde dormiram ou o que comeram. Sou eu que hoje estou embirrenta, ou a mais alguém interessa a espectacular reportagem que compara as sardinhas que uma família come no parque de campismo onde passa férias e a lagosta que outros desconhecidos degustam? “A senhora não preferia ir para um Hotel?” Resposta “Ah…não! Aqui sou mais livre!!”. Porcaria por porcaria prefiro ler as revistas cor-de-rosa que sempre dão conta os amores e desamores de Verão dos conhecidos!! Argh!

Nota: Num futuro próximo conto escrever sobre os programas de Verão que me causam urticária, cuja melhor expressão, é o actual “ Rir é o Melhor Remédio”, onde são transmitidos skechs de 1980, onde filandeses pregam partidas a outros, envolvendo um supermercado, um polícia e fruta.

1 comentário:

  1. E dizia eu que preferia as revistas cor-de-rosa…retiro, retiro! Acabei de folhear duas. Que desconsolo. As sucessivas reportagens no ZooMarine e as festas nos spots algarvios deram cabo de mim. Claro que já estava cansada pelo artigo de 3 páginas onde era calculado o índice de massa corporal da irmã da princesa que recentemente se casou. Parece que com a altura e peso que tem, a rapariga está a cair numa espiral de doenças que a vão desgraçar. Ah… e as promessas de amor eterno? Que lindo!!! “É a minha alma gémea…o homem da minha vida!”; “É a mulher com que sempre sonhei! Vai ser uma linda mãe!”. Sucede-se uma reportagem fotográfica onde, de uma forma completamente casual, os dois pombinhos olham-se languidamente como se não houvesse mais nada no mundo.
    Percebem agora a minha neura? Acabei o meu livro (sendo que, após 450 páginas, morre a personagem principal), na televisão dá o espectacular programa “Não há crise”, seguindo-se uma maratona de telenovelas e as revistas… as revistas… as revistas… Não há solução. Resta-me dormir. Amanhã vou acordar com melhor humor, espero eu!

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