terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Restraining Order

É um antro de perdição. Tenho dito. Não, não estou a referir-me a locais que proporcionam prazer carnal. Falo de outra matéria que me é sensível.
Tal e qual um toxicodependente, estou a ressacar de doces. Há alturas em que é assim... apetece-me engolir pacotes de açúcar, latas de leite condensado e doces de ovos... quer dizer, também é elegível chocolate, caramelo e similares. Doces mesmo.
Depois de engolir uma sopinha fria fui, estupidamente, a uma pastelaria que muito aprecio com o intuito de comprar um salgadito que compusesse a minha parca refeição. E... eis que deparo com toda aquela montra. Tudo alinhadinho... doces... salgados... tão bonita! E dou por mim a passar a pior das imagens. Do outro lado do balcão, alguém espera a minha decisão e tudo o que me sai da boca, saí directamente do coração (ou do estomago, conforme a perspectiva)... “Apetece-me um de cada!”
(Sorriso amarelo)
A verdade é que não me consigo decidir. Comia tudo. Sentava-me ali, toda a tardinha, num lugar onde o sol me aquecesse e... podia começar a mandar vir.
“Preferes doces ou salgados?”- qualquer  mulher diz invariavelmente, de forma tímida e graciosa “Salgados! Adoro saladinhas! Sou um pisco para comer”. Pois eu, infelizmente, gosto de tudo. Sou menina para misturar umas chamuças com palmieres cobertos, pastéis de nata com rissóis... no fundo, não tenho limites! A não ser os limites que a minha consciência me impõe. Sei que qualquer pecado – gastronómico- cometido tem um impacto tipo tsunami neste corpito franzino (nota irónica). Qualquer grama de açúcar obriga-me a não sei quantos kilómetros de esforço e suor. E, por isso, penso quinhentas vezes antes de cometer uma loucura. Conclusão? Olhei e olhei e acabei por pedir uma merendinha raquítica. Ainda assim, graças à Divindade dos Doces (sim, tem de existir um qualquer Ser Superior para as coisas que me adoçam a boca) no balcão estavam alinhadinhos uns bolinhos de canela, amêndoa e doces de ovos, mesmo para as pessoas provarem. E eu não sou indivídua de fazer desfeitas, não senhor! Os sons de prazer que emiti obrigaram a funcionária (a do sorriso amarelo) a tentar vender-me uma dose daquela obra do Demo. Mas eu resisti, estoicamente! Ah... mas que vontade! E não é que, agora, aquela pastelaria do meu coração vai abrir aqui-  mesmo ao lado do meu local de trabalho?! Eu até já tremo. Será que se eu pedir, os senhores podem-me impedir de entrar? Tipo casino...
Maldita Sacolinha!

3 comentários:

  1. Que engraçado, no passado sábado fui à Sacolinha, não sei se ali a zona é Paço D`Arcos se Oeiras (a que fica perto do Parque dos Poetas) e na verdade queria muito acompanhar o café com um docinho, mas fiquei-me mesmo só pelo café. Dá gosto só de olhar, tudo com um aspecto maravilhoso.

    O seu dilema é igual ao da minha irmã, que por um bocadinho cada vez que vem à janela a Sacolinha está a acenar-lhe. Têm que se fazer de difíceis e resistirem com todas as forças.

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    1. É precisamente aí...perto do Parque dos Poetas... uma desgraça! Até costumo resistir bem mas agora ando com dificuldade... ;)

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  2. Há pois é , a Sacolinha, mesmo ao pé do nosso posto de trabalho, lol,
    o chefe já disse, que estamos proibidos de lá ir...... a qualquer hora do dia

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