quarta-feira, 25 de abril de 2012

Gosto de arte porque gosto de pessoas

Sou daquelas pessoas que visita uma galeria de arte e acha que os quadros estão ao contrário. Olho para as esculturas procurando o sítio para pendurar o casaco e tenho um preconceito assumido relativamente a espectáculos eruditos. Acho sempre que vai ser uma seca sem qualquer propósito... Basicamente sou uma pessoa sem qualquer sentido artístico. Seria esta uma verdade inegável se não fosse apaixonada por música, cinema e livros. Aprecio, assim, formas distintas da expressão humana.  A música porque tem a capacidade de alterar e condicionar os meus estados de espirito. A melodia tanto eleva-me à alegria e entusiasmo como me conduz ao drama (a este propósito, se ouço mais uma vez a Adele, sou capaz de vomitar sangue). Os livros, por outro lado, fazem-me viver outras histórias, entrar noutros mundos e conhecer outras realidades. Imaginar. O cinema multiplica toda a potencialidade dos livros na medida em que lhes adiciona a melodia, a imagem... e falo hoje disto porque acabo de chegar do cinema perfeitamente encantada com o que assisti. Um filme que me fez rir até mais não, que me fez sorrir no final, verter uma tímida lágrima... nada transcendente, nada complexo. Um exemplo simples de humanidade e amizade, quando menos se esperava. Assim é a vida. Quando não calculamos, racionalizamos, planeamos e outros "amos"... somos surpreendidos. E às vezes corre bem!

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