M. i still love you

A M. mandou-me uma mensagem. Disse-me que gostava muito de ler o meu blog e eu fiquei logo enternecida. Que a fazia rir e chorar. E eu sorri ainda mais. Disse também que às vezes o blog era chato. E eu achei que tinha lido mal. Porque já conheci a M. e a mensagem era realmente simpática. Então, convenci-me que estava a interpretar mal. E voltei a ler e a reler. E não havia engano. Chato. Assim, na cara. E eu passei do estado incrédulo ao divertido e por fim ao reflexivo. Agora que já passaram umas boas horas, dou por mim a concordar e a agradecer a opinião sincera e sensata. É chato é. Tem os seus dias, tal como eu tenho. E todos nós temos. Devo aborrecer quando só falo nos miúdos e de como estou cansada, no raio das dietas e dos kilometros que os meus pés percorrem à noite, dos meus episódios surreais nem sempre com a piada que lhes quero conferir. É que eu sou chata às vezes. Mesmo! Mal humorada e convencida que só a mim acontecem coisas menos felizes. Quando hoje me disseram que eu não era o centro do mundo, lembrei-me da M. e tive de concordar. Com pena, porque ainda acho que tenho o meu lugar de destaque. Mas quando é uma pessoa a dizer, uma pessoa desconfia. Quando são duas... Acredito que é um complô!

P.s. Só para contrariar vou partilhar o dia de hoje. Stress laboral até às 19h. Compras com crianças. Jantar tardio. Bolo de aniversário feito. Dores nas pernas da corrida de ontem. E fome. Muita fome, porque a sopa... A sopa é uma chata do pior.