sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Sem título

Ontem à noite, enquanto corria, passei por um carro que me fez parar. Estava no meio da estrada e lá dentro, imóvel, uma rapariga. Sentada. Aparentemente sem vida. À sua volta apenas dois homens. Um que gritava pelo telefone pedindo socorro e outro que arrastava o carro para fora de perigo. E ela lá. Indiferente. Fiz toda a corrida com ela na minha cabeça. Com as luzes e o som da ambulância. E só pensava nela. E na vida que pode acabar assim. Olhei para o meu dia e pensei. Fiz o que queria. E adormeci a pensar que talvez ela já estivesse bem.

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