quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

'Eu não gosto do Natal mas vá: tem um bom dia'. Obrigada, Xanan

Não consigo lembrar-me da primeira vez que vi o Xanan. Sei que nos primeiros segundos olhei-o com reticências. Não pela sua roupa escura, nem pelo corpo tatuado. Por toda uma personagem que me pareceu dura. Foi apenas por uns instantes. Não deixou... Aliás, não deu oportunidade de iniciar o meu julgamento. A cara de miúdo preenchida com infantis sardas denunciaram a personagem. O Xanan é uma figura! Talvez das pessoas mais doces que conheci. Com asneiras à mistura, uma despreocupação natural e um discurso absolutamente isento de diplomacias, é dos poucos amigos que me telefona só porque sim. Que quer saber o que estou a fazer, se ainda me dói a unha do pé... Que diz que eu o que escrevo não tem interesse nenhum. Assim, na lata. Mas foi o amigo que entrou numa igreja e rezou por mim sem o saber fazer. Que tatuou o meu corpo. Que me enfiou frango na boca porque achava que não precisava de dieta. E é o amigo que vai dizer que isto é uma lamechice de merda depois da minha querida amiga lhe ler isto [sob protestos sonoros]. Mas não quero saber. Porque isto do carinho, cada um dá como sabe... Aguenta!

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