sexta-feira, 10 de julho de 2015

Quem diz é quem é

Acho que há pessoas que entram na nossa vida, porque têm de entrar. Estão no nosso mapa astral, destino ou sei lá o quê. Simplesmente, faz sentido acontecer. Conheci-te em 2002. [Já contei esta história milhentas vezes.Falei-te pelo telefone. Cheia de formalidades. Dr. para aqui, Dr. para acolá. Como o Dr. melhor entender! Ainda gaguejava e corava, a cada assunto a resolver. Terminaste a chamada telefónica com um caloroso e sonoro "beijinhos". Pousei o telefone e fiquei uns segundos a pensar. Quem serias tu? Estávamos em 2002, repito. Eu acabada de casar (ou prestes a fazê-lo), sem filhos e sem quase nada saber. Tu, numa história que eu reconhecia. A nossa amizade começou ali, naquele despedir caloroso. Ali mesmo. Passei, nem sei bem como, a contar com isso. Passou a ser assim, simplesmente. Viste-me crescer. Assististe aos meus primeiros passos como mulher de alguém, como mãe de alguém, como subordinada de alguém, como amiga de alguém. Assististe a tudo. Ainda o fazes. Sabes quando perco o sorriso. Sabes quando finjo um sorriso!!! Vislumbras os meus olhos a ficaram brilhantes e adivinhas quando preciso de ti. Estás sempre lá. Esforço-me por chegar aos teus pés. Para ser amiga como tu és. Falho tanto. Taaanto. Assumo sempre as minhas culpas. Peço desculpa, algumas... muitas vezes. Tenho pressa quando bebemos café e nem sempre devolvo as chamadas. Sempre a correr. E tu suspiras ao mesmo tempo que sei que sorris. Mas penso em ti, sempre. Penso que mereces o melhor. Desejo que saibas que mereces o melhor. Não só hoje porque é especial. Sempre e para sempre.
Hoje, quando me ligaste ao final do dia disseste... uma das coisas que gosto mais em ti é que não sabes o quão maravilhosa és. Não sabes! Sei algumas coisas. Já estamos em 2015 e aprendi. Sei que aquilo que sou, resulta daquilo que os outros são comigo. Por isso, devolvo. Tu és maravilhoso.  Hoje repito uma pequena parte do que já escrevi:

"(...) O post que eu queria publicar diria obrigada, mil vezes, e mais umas tantas, até ao infinito. Por me aturares. Porque pensares antes dizer qualquer coisa que me magoe. Por dizeres coisas que me magoam.
O post que eu queria publicar agradecer-te-ia por me fazeres rir de manhã. Por me fazeres rir à tarde. Por me ligares, sem te esqueceres, que eu vivo desse balão de oxigénio. Das conversas parvas, das confidências. Dos silêncios.
O post que eu queria publicar não chegaria para reconhecer o valor dos teus gestos. Por acreditares em mim. Por não me julgares e até por te zangares. Pelas tuas lágrimas quando sabes das minhas. Pela tua preocupação com as minhas preocupações.
O post que eu queria publicar dir-te-ia que gosto muito de ti (...)". (2013)

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