Quando soube dele, era já outra pessoa. Sabia o que esperava. No parto, tomei outra atenção. A serenidade deu-me outra experiência. Levantaram-me até ao ponto exato onde o consegui ver a sair de mim. Chorei muito. Mas já não estava assustada. Não era mesmo, a mesma. Cuidadosa, cautelosa mas, descontraída. O único medo que me perseguia era o de não gostar do segundo como do primeiro. Coisa de mãe. Mas como num choque daqueles violentos, sente-se um embate inicial e uma onda que nos inunda. Rápido e lento, ao mesmo tempo. Que nos move o corpo e pára. O amor instala-se. O medo foi uma coisa que durou meses e esvaneceu-se em segundos. Bastou-me vê-lo. Senti-lo. Cheirá-lo. O meu homem pequenino.
O meu filho faz hoje 9 anos. Ninguém diz. É alto. É enorme. Um matulão de gente. É gigante e minúsculo para mim. É o meu bebé. Cheiro-lhe o cabelo, aninho-me no seu pescoço e ainda o vejo ao meu colo ou a dizer "não xei", "não conxigo", "outa vex".
Não sou a mesma mãe, nem eles são os mesmos filhos.
Eles vão mudando. Eu vou mudando. Mas eles nunca mudam em mim.
Muitos Parabéns ao Filho e à Mãe!!!
ResponderEliminarQuando tive o meu segundo filho senti exactamente o mesmo... mas cheguei à conclusão que amor de Mãe não se divide, multiplica-se!
Bjs
:-)
ResponderEliminar:))))))))))))
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